Por que um médico pode solicitar um Eletroencefalograma?
Postado em: 09/01/2025
O Eletroencefalograma (EEG) é um exame amplamente utilizado na prática neurológica para avaliar a atividade elétrica do cérebro.
Ele desempenha um papel fundamental no diagnóstico e no acompanhamento de várias condições neurológicas, sendo solicitado por médicos em casos específicos para obter informações detalhadas sobre o funcionamento cerebral.
Neste artigo, você vai entender quais são as principais indicações para a realização de um EEG, como ele é realizado e sua relevância para o diagnóstico e tratamento de diferentes condições.
Continue a leitura para saber mais!
Por que os médicos solicitam um eletroencefalograma?
Os médicos podem solicitar um “Eletroencefalograma“ por diversos motivos, geralmente relacionados à avaliação de sintomas neurológicos que indicam possíveis alterações na atividade cerebral.
Entre os motivos mais comuns estão:
- Diagnóstico de epilepsia: O EEG é essencial para identificar padrões de descargas elétricas anormais que caracterizam essa condição. Ele ajuda a confirmar o diagnóstico e a determinar o tipo de epilepsia.
- Investigação de crises convulsivas: Em pacientes que apresentam convulsões ou episódios suspeitos, o exame ajuda a esclarecer a origem do problema.
- Alterações de consciência: Episódios de desmaio, confusão mental ou lapsos de memória podem indicar alterações na atividade cerebral que podem ser detectadas pelo EEG.
- Distúrbios do sono: O exame é usado para investigar condições como apneia do sono, narcolepsia ou insônia crônica.
- Monitoramento em UTI: Em pacientes internados em estado grave, o EEG pode avaliar a atividade cerebral e detectar crises convulsivas não visíveis.
- Avaliação de encefalopatia: Casos de alteração no funcionamento global do cérebro, causados por doenças metabólicas, infecções ou intoxicações, podem ser acompanhados com o EEG.
Saiba mais sobre o EEG
O eletroencefalograma é um exame indolor e não invasivo, que registra a atividade elétrica do cérebro por meio de pequenos sensores colocados no couro cabeludo.
Ele é amplamente utilizado devido à sua eficácia e segurança.
Para entender mais sobre o exame, veja como ele funciona e em quais situações ele é indicado.
Como o EEG é realizado?
O procedimento é simples e dura, em média, 20 a 40 minutos:
- Preparação: O paciente deve lavar os cabelos antes do exame, evitando produtos como cremes ou gel.
- Colocação dos eletrodos: Sensores são fixados ao couro cabeludo com uma pasta condutora.
- Registro da atividade cerebral: O paciente permanece sentado ou deitado enquanto o equipamento registra os impulsos elétricos cerebrais.
- Estímulos adicionais: Durante o exame, o médico pode solicitar estímulos como hiperventilação, luzes piscando ou abrir e fechar os olhos para avaliar diferentes respostas cerebrais.
Quando o EEG é indicado?
Além das condições já mencionadas, o EEG também é útil em:
- Diagnóstico diferencial: Ajuda a distinguir crises epilépticas de outras condições, como síncope ou distúrbios psicogênicos.
- Pré-operatório de epilepsia: Identifica áreas do cérebro envolvidas em crises, orientando cirurgias quando necessárias.
- Avaliação de demências: Embora menos comum, o EEG pode ser usado para Ajudar a diferenciar tipos de demência com base nos padrões de atividade cerebral.
Benefícios do EEG no diagnóstico neurológico
O eletroencefalograma oferece vantagens significativas no diagnóstico e no acompanhamento de doenças neurológicas:
- Identificação precoce de anormalidades: Muitas vezes pode detectar alterações na atividade elétrica cerebral antes mesmo de sintomas mais graves aparecerem.
- Orientação para tratamentos: Ajuda a ajustar medicamentos antiepilépticos ou terapias específicas com base nos resultados.
- Monitoramento contínuo: Em casos crônicos, permite avaliar a evolução da condição e a resposta ao tratamento.
Cuidados e limitações do EEG
Embora o EEG seja um exame valioso, é importante compreender suas limitações:
- Resultados normais não descartam doenças: Em alguns casos, mesmo pacientes com epilepsia podem ter um EEG sem alterações. Por isso, o exame deve ser interpretado em conjunto com a história clínica e outros exames.
- Sensibilidade ao ambiente: Fatores como movimento ou ruídos podem interferir na qualidade do registro, exigindo preparo adequado do paciente.
Em resumo, o eletroencefalograma é um recurso indispensável para médicos na avaliação de diversas condições neurológicas. Ele é muito eficaz em diferentes cenários, mesmo tendo limitações como qualquer exame.
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Dra. Camila Hobi
Neurologista
CRM 128892 | RQE 34913
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