Eletroencefalograma em Pacientes Idosos: Detectando Alterações Cognitivas

Postado em: 25/03/2025

O envelhecimento traz diversas mudanças no organismo, e entre elas podem estar as alterações cognitivas, que podem impactar a memória, a atenção e o raciocínio. 

Eletroencefalograma em Pacientes Idosos_ Detectando Alterações Cognitivas

Embora algumas dessas mudanças sejam naturais, em alguns casos elas podem indicar condições neurológicas, como demências e outras disfunções cerebrais. 

O Eletroencefalograma (EEG) é um exame fundamental para auxiliar no diagnóstico dessas alterações, permitindo uma avaliação detalhada da atividade elétrica do cérebro.

O uso do EEG em idosos tem se tornado cada vez mais comum, pois permite identificar padrões anormais de funcionamento cerebral antes mesmo que os sintomas se tornem evidentes. 

Neste artigo, explico como o EEG pode ajudar na detecção precoce de alterações cognitivas e sua importância no acompanhamento neurológico da terceira idade.

Convido você a continuar a leitura para estar mais informado sobre esse exame importante!

Como o EEG auxilia na avaliação das funções cognitivas

O Eletroencefalograma é um exame não invasivo que mede a atividade elétrica do cérebro por meio de eletrodos posicionados no couro cabeludo. 

Em pacientes idosos, o EEG pode revelar padrões que indicam desde um declínio cognitivo leve até distúrbios neurológicos mais graves.

Esse exame é especialmente útil porque:

  • Detecta alterações precoces que podem indicar o início de processos neurodegenerativos.
  • Auxilia no diagnóstico diferencial entre demências, depressão e outros distúrbios neurológicos.
  • Monitora a progressão de doenças e a resposta ao tratamento.
  • Permite identificar crises epilépticas silenciosas, comuns em idosos com alterações cognitivas.

A realização do EEG em idosos permite uma abordagem mais precisa para identificar condições que afetam a cognição, proporcionando um diagnóstico mais seguro e um tratamento mais eficaz.

Quando o EEG é indicado para idosos

O EEG não é solicitado rotineiramente para todos os idosos, mas pode ser indicado em diversas situações. 

Algumas das principais condições que justificam a realização do exame incluem:

  • Declínio cognitivo progressivo: Quando o idoso apresenta esquecimentos frequentes, dificuldades de raciocínio ou desorientação sem uma causa aparente.
  • Suspeita de demência: O EEG pode auxiliar no diagnóstico de doenças como Alzheimer, demência vascular e demência por corpos de Lewy.
  • Alterações repentinas no comportamento: Mudanças bruscas de humor, alucinações ou confusão mental podem indicar distúrbios neurológicos.
  • Crises epilépticas em idosos: A epilepsia pode surgir na terceira idade e ser confundida com episódios de desorientação ou lapsos de memória.
  • Distúrbios do sono: O EEG pode identificar padrões anormais que influenciam na qualidade do sono e contribuem para o agravamento de déficits cognitivos.

A realização do exame nesses casos pode ajudar os neurologistas a diferenciar as causas das alterações cognitivas e a definir o tratamento mais adequado.

Resultados do EEG em idosos com alterações cognitivas

Os padrões cerebrais captados pelo EEG podem variar dependendo da condição que afeta o paciente. 

Algumas alterações que podem ser identificadas no EEG incluem:

  • Ondas lentificadas: Podem indicar comprometimento cognitivo leve ou estágios iniciais de demência.
  • Padrões epilépticos: Indicam a presença de crises silenciosas que podem impactar a memória e o raciocínio.
  • Oscilações anormais: Associadas a distúrbios neurodegenerativos, como Alzheimer e demência com corpos de Lewy.

Esses achados ajudam os médicos a entender melhor o funcionamento cerebral do idoso e a planejar intervenções para retardar a progressão das alterações cognitivas.

A importância do EEG no acompanhamento da saúde neurológica dos idosos

Além de ser um exame seguro e não invasivo, o EEG é uma ferramenta valiosa para monitorar o estado neurológico dos idosos ao longo do tempo. 

O acompanhamento regular pode detectar precocemente alterações que indicam o avanço de doenças neurodegenerativas, permitindo intervenções precoces.

Em resumo, o eletroencefalograma tem se mostrado um aliado importante no diagnóstico e monitoramento de alterações cognitivas na terceira idade, contribuindo para um tratamento mais eficaz e individualizado.

Diante de qualquer sinal ou suspeita de alterações neurológicas, é fundamental procurar ajuda profissional. Fique à vontade para entrar em contato e marcar um horário comigo!

 Dra. Camila Hobi
Neurologista
CRM 128892 | RQE 34913

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