3 Aspectos Desafiadores no Tratamento da Epilepsia

Postado em: 22/09/2025

Quando atendo alguém após a primeira crise convulsiva, a pergunta mais comum é: “Doutora, vou conseguir controlar isso?”. Com o tratamento adequado da epilepsia, até 70% dos pacientes alcançam controle total ou significativo das crises.

A epilepsia ocorre por descargas elétricas anormais no cérebro, que podem variar de lapsos de atenção a crises convulsivas evidentes.

O controle depende de três pilares: diagnóstico preciso, ajuste individualizado da medicação e, em casos complexos, terapias avançadas.

No consultório, utilizo eletroencefalograma (EEG) com vídeo de alta resolução, medicamentos modernos e técnicas de neuromodulação e cirurgia em parceria com centros especializados de São Paulo.

Neste artigo, vou mostrar como enfrento esses desafios para oferecer mais previsibilidade, segurança e qualidade de vida.

aspectos desafiadores no tratamento da epilepsia

1. Diagnóstico preciso da epilepsia no momento certo

O primeiro desafio é diferenciar a epilepsia de outras condições que podem imitar crises, como síncope, distúrbios do sono, crises psicogênicas e enxaqueca com aura. Um diagnóstico impreciso pode atrasar o início do tratamento por meses.

Meu processo de avaliação é baseado em três pilares:

  • Anamnese clínica detalhada: investigo quando e como as crises começaram, duração, possíveis gatilhos (privação de sono, estresse, álcool), histórico familiar e uso de medicamentos;
  • Exame neurológico completo: avalio força, sensibilidade, coordenação, linguagem, memória e atenção;
  • Exames complementares estratégicos: utilizo EEG de rotina, prolongado ou vídeo-EEG, além de ressonância magnética de alta resolução. No consultório, realizo vídeo-EEG com equipamento Nihon-Kohden, referência internacional pela qualidade do sinal e sincronização, aumentando a chance de localizar com precisão o foco das descargas elétricas.

Quanto antes confirmamos o diagnóstico, mais cedo iniciamos o tratamento e reduzimos o risco de crises e acidentes.

Percebeu apagões, tremores, olhar fixo ou confusão súbita? Agende sua avaliação. Um diagnóstico rápido e preciso é o primeiro passo para controlar as crises.

2. Ajuste da medicação e adesão ao tratamento

Encontrar a medicação certa, na dose ideal, é o segundo grande desafio. Não existe um “remédio universal”.

A escolha depende do tipo de crise (focal ou generalizada), idade, comorbidades (ansiedade, depressão, enxaqueca), interações medicamentosas e preferências do paciente.

Minha abordagem segue quatro etapas:

  • Início gradual: começo com a menor dose eficaz e aumento conforme a resposta, monitorando efeitos como sonolência, tontura ou desconforto gástrico;
  • Controle de gatilhos: sono regular, hidratação, manejo do estresse e moderação no consumo de álcool ajudam a manter as crises sob controle;
  • Educação para adesão: interromper a medicação por conta própria é uma das principais causas de piora. Ajustes são sempre discutidos juntos;
  • Acompanhamento próximo: nas primeiras semanas, realizo revisões frequentes para ajustar a dose do medicamento até atingir o ponto ideal — controle das crises com mínimos efeitos colaterais. A melhora costuma aparecer nas primeiras semanas, e a estabilização ocorre entre 1 e 3 meses, conforme a resposta do organismo.

Se duas medicações adequadas não controlarem as crises, investigo em epilepsia refratária e considero terapias avançadas.

Se houver efeitos colaterais ou retorno das crises, não interrompa o tratamento por conta própria. Vamos revisar seu plano e buscar o equilíbrio entre eficácia e bem-estar.

3. Quando o tratamento da epilepsia precisa ir além da medicação

Em alguns casos, mesmo com as melhores medicações, não se alcança o controle desejado. Nessa fase, indico avaliação para terapias avançadas em centros especializados de São Paulo.

As principais opções incluem:

  • Cirurgia de epilepsia: indicada quando as crises têm origem em uma área cerebral bem delimitada e removível. O preparo envolve vídeo-EEG prolongado, ressonância dedicada e, em alguns casos, SEEG (eletrodos intracranianos) para mapear com precisão a atividade elétrica;
  • Neuromodulação: técnicas como estimulação do nervo vago (VNS) e sistemas responsivos (RNS) modulam a atividade elétrica cerebral, reduzindo a frequência e a intensidade das crises em casos selecionados;
  • Abordagem multidisciplinar: o cuidado inclui suporte para sono, humor, memória e cognição, promovendo melhora real na qualidade de vida.

Indicar essas terapias no momento certo aumenta as chances de bons resultados e evita anos de limitações desnecessárias.

O que esperar do acompanhamento

Com base na minha experiência, estabeleço metas claras desde o início:

  • Controle das crises: a maioria dos pacientes atinge bom controle já na primeira ou segunda linha de medicamentos;
  • Ajustes previsíveis: efeitos como sonolência ou tontura normalmente se resolvem com ajuste de dose ou troca da medicação;
  • Revisões periódicas: monitoro a evolução, ajusto estratégias e, quando necessário, solicito novo EEG ou ressonância magnética;
  • Possível redução futura: em casos com controle total por anos e exames estáveis, avalio a redução gradual da medicação, sempre com supervisão.

Por que escolher meu cuidado

Sou formada pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), com residência em Neurologia no HC-FMUSP e especialização em epilepsia no Grupo de Epilepsia do próprio HC-FMUSP.

Tenho mais de 15 anos de experiência no acompanhamento de pacientes com diferentes tipos de epilepsia e outros distúrbios neurológicos.

Meus diferenciais:

  • Tecnologia avançada: eletroencefalograma (EEG) com vídeo Nihon-Kohden, referência internacional pela qualidade e precisão;
  • Plano personalizado: decisões compartilhadas, metas objetivas e revisões regulares;
  • Comunicação clara: você entende cada etapa do tratamento;
  • Visão integral: sono, humor e estilo de vida fazem parte do cuidado;
  • Localização acessível: atendo na Pompeia, Zona Oeste de São Paulo.

Perguntas frequentes

1. Quais sinais indicam que devo procurar um neurologista especializado em epilepsia rapidamente?

Apagões, lapsos de consciência, tremores, olhar fixo ou confusão súbita são sinais de alerta. Quanto antes o diagnóstico for feito, maiores as chances de controle das crises.

2. Por que o ajuste da medicação leva tempo?

O processo de titulação da dose busca o equilíbrio entre eficácia e tolerabilidade. Isso exige aumento gradual até atingir controle das crises com o mínimo de efeitos colaterais.

3. O que caracteriza a epilepsia refratária?

É quando duas medicações adequadas, em doses corretas e bem administradas, não controlam as crises. Nesses casos, indicamos avaliação para terapias avançadas.

4. Após a cirurgia de epilepsia, é possível suspender a medicação?

Em alguns casos, sim. Porém, a retirada é gradual e só ocorre após longo período sem crises, com acompanhamento e exames de controle.

5. Há medidas de estilo de vida que ajudam no tratamento?

Sim. Manter sono regular, controlar o estresse, evitar álcool em excesso e seguir corretamente o uso da medicação são hábitos que melhoram o controle das crises.

6. Epilepsia tem cura?

Não há promessa de cura garantida, mas muitos pacientes ficam anos sem crises e podem reduzir a medicação de forma gradual e segura.

Por que agir agora

Cada crise sem controle coloca em risco sua memória, autonomia e segurança. Iniciar o tratamento para epilepsia em São Paulo com acompanhamento especializado reduz internações, afastamentos e limitações evitáveis.

Agende sua consulta hoje mesmo. Vou identificar seu tipo de epilepsia, definir o tratamento mais eficaz e acompanhar cada etapa da sua evolução.

Dra. Camila Hobi
Neurologista
CRM-SP: 128892 | RQE: 34913

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