Avaliação Neurológica Pré-operatória: quando é indicada
Postado em: 06/10/2025

Antes de uma cirurgia, é comum dar atenção apenas aos exames de sangue, coração e pulmões. Mas você sabia que o cérebro e o sistema nervoso também precisam ser analisados?
A Avaliação Neurológica Pré-operatória é essencial para garantir mais segurança ao procedimento, principalmente em pacientes com epilepsia, doenças cerebrovasculares, distúrbios de consciência ou doenças neuromusculares.
Esse cuidado permite identificar riscos, adaptar estratégias anestésicas e cirúrgicas e reduzir complicações como AVC perioperatório, delírio pós-operatório e déficits cognitivos.
Em outras palavras, trata-se de um verdadeiro “mapa” da saúde neurológica, que orienta a equipe médica e aumenta as chances de uma recuperação mais tranquila e eficaz. Continue lendo para entender como funciona essa avaliação!
O que é a avaliação neurológica pré-operatória?
A avaliação neurológica pré-operatória é composta por exames clínicos e complementares que realizo antes da cirurgia.
Ela fornece uma visão detalhada do estado neurológico do paciente e serve de referência para o acompanhamento após o procedimento.
Os principais objetivos são:
- Identificar condições pré-existentes, como epilepsia, AVC, demência ou doenças neuromusculares, que podem ser agravadas pela anestesia ou pela intervenção cirúrgica;
- Avaliar riscos específicos, como a chance de um AVC ou delírio no período perioperatório;
- Apoiar a equipe cirúrgica e anestésica, oferecendo informações que ajudam a proteger a função cerebral;
- Comparar evolução, monitorando possíveis mudanças entre o pré e o pós-operatório.
Essa avaliação é especialmente relevante em cirurgias neurológicas, cardíacas, ortopédicas complexas, oncológicas e em pacientes idosos ou com múltiplas comorbidades.
Vai passar por cirurgia em breve? Converse comigo sobre a necessidade de uma avaliação neurológica pré-operatória. Esse cuidado pode ser decisivo para a sua segurança.
O que a avaliação neurológica pré-operatória inclui?
Divido a avaliação em etapas que me permitem entender cada detalhe da saúde neurológica do paciente:
1. Anamnese detalhada
Investigo sintomas atuais, histórico de convulsões, uso de medicações, presença de doenças como Parkinson ou demência e fatores de risco, como AVC. Essa conversa inicial é fundamental para identificar pontos de atenção antes da cirurgia.
2. Exame físico neurológico
Avalio memória, linguagem, reflexos, força muscular, coordenação, equilíbrio e nível de consciência. Esses parâmetros funcionam como uma linha de base para detectar qualquer alteração após a cirurgia.
3. Exames complementares
Dependendo do caso, posso solicitar ressonância magnética, tomografia, doppler de carótidas ou eletroencefalograma (EEG).
No consultório, utilizo EEG com vídeo da marca Nihon-Kohden, referência mundial em qualidade e precisão. Esse exame é especialmente importante em pacientes com epilepsia ou risco de crises, pois permite prevenir complicações durante e após o procedimento.
Com essas informações, elaboro um perfil neurológico individualizado, que reduz riscos e orienta melhor toda a equipe médica envolvida na cirurgia.
Tem uma cirurgia de grande porte marcada? Agende sua consulta e garanta que seu sistema nervoso será avaliado de forma completa antes do procedimento.
Quando a avaliação é indicada?
Nem todos os pacientes precisam da avaliação neurológica pré-operatória, mas em algumas situações ela é indispensável:
- Doenças cerebrovasculares: histórico de AVC ou doença carotídea;
- Epilepsia: necessidade de ajuste de medicação e prevenção de crises;
- Doenças neuromusculares: como miastenia gravis ou Parkinson;
- Distúrbios de consciência: incluindo risco de delírio pós-operatório, especialmente em idosos.
- Cirurgias de alto risco: como procedimentos cardíacos, neurológicos, oncológicos ou ortopédicos de grande porte.
A prevenção é sempre o melhor caminho. Quando identificamos riscos de forma precoce, aumentamos as chances de uma cirurgia segura e sem complicações.
Benefícios da avaliação neurológica pré-operatória
Os benefícios vão muito além da sala cirúrgica:
- Redução de complicações: menor risco de AVC, delírio e agravamento de déficits neurológicos já existentes;
- Segurança anestésica: adaptação da técnica e da dosagem do anestésico conforme o perfil do paciente;
- Planejamento de reabilitação: estratégias precoces para recuperação cognitiva e motora;
- Menor tempo de internação: a prevenção de complicações reduz a necessidade de permanência hospitalar;
- Tranquilidade para paciente e família: saber que todos os riscos foram avaliados traz mais confiança e serenidade para enfrentar a cirurgia.
Um exemplo prático: um paciente com epilepsia pode precisar ajustar a medicação antes do procedimento para evitar crises. Já alguém com Parkinson pode exigir adaptações específicas na anestesia. Antecipar esses cuidados faz toda a diferença na recuperação.
O que esperar após a cirurgia?
O grande diferencial dessa avaliação é permitir comparações entre o estado pré e pós-operatório. Assim, consigo identificar rapidamente alterações neurológicas e agir de forma precoce.
Nos dias seguintes à cirurgia, monitoro sinais como confusão mental, déficits de memória, dificuldades motoras ou novas crises convulsivas. Essa vigilância é essencial para reduzir complicações e acelerar a recuperação.
Dra. Camila Hobi – Neurologista
Sou formada pela Escola Paulista de Medicina – UNIFESP, com residência em Neurologia no HC-FMUSP e especialização em epilepsia no Grupo de Epilepsia da mesma instituição.
Tenho mais de 15 anos de experiência acompanhando pacientes com epilepsia, doenças cerebrovasculares e distúrbios cognitivos, sempre com foco em oferecer um cuidado humanizado dentro da neurologia clínica.
No meu consultório, na Pompeia, Zona Oeste de São Paulo, ofereço:
- Tecnologia avançada: EEG com vídeo Nihon-Kohden, referência internacional em precisão;
- Plano personalizado: decisões compartilhadas e revisões periódicas;
- Visão integral: sono, memória, humor e estilo de vida também fazem parte do cuidado.
Perguntas frequentes sobre avaliação neurológica pré-operatória
Quem deve fazer essa avaliação?
Pacientes com histórico de AVC, epilepsia, demência, doenças neuromusculares, idosos ou aqueles que passarão por cirurgias de grande porte.
O eletroencefalograma (EEG) é sempre necessário?
Não. Ele é indicado em situações específicas, como epilepsia ou suspeita de alterações elétricas cerebrais.
Essa avaliação pode mudar a anestesia?
Sim. O anestesiologista pode ajustar técnica e dosagem conforme os achados neurológicos, aumentando a segurança do procedimento.
Ela previne o delírio pós-operatório?
Não elimina o risco, mas permite identificar fatores predisponentes e adotar medidas preventivas que reduzem significativamente a chance de delírio.
Quanto tempo antes da cirurgia devo realizar a avaliação?
O ideal é algumas semanas antes, para permitir ajustes de medicação e melhor planejamento cirúrgico.
Por que agir agora?
Cada cirurgia envolve riscos, e cuidar da saúde neurológica é uma das formas mais eficazes de preveni-los. A avaliação neurológica pré-operatória São Paulo ajuda a reduzir complicações, traz mais segurança e favorece uma recuperação tranquila.
Vai passar por cirurgia em breve? Agende sua avaliação neurológica comigo. Vou identificar seus riscos, preparar seu organismo e garantir que você chegue ao centro cirúrgico com mais confiança e proteção.
Dra. Camila Hobi
Neurologista
CRM-SP: 128892 | RQE: 34913
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