Como o EEG contribui para o monitoramento de convulsões em pacientes epilépticos
Postado em: 23/01/2025
O Eletroencefalograma (EEG) é um exame fundamental no diagnóstico e monitoramento de convulsões em pacientes epilépticos.
Ele permite identificar e registrar a atividade elétrica cerebral, revelando padrões anormais que caracterizam as crises epilépticas.
A precisão e a não invasividade desse método fazem dele uma das ferramentas mais importantes para neurologistas no acompanhamento da epilepsia.
Entender como o EEG auxilia na identificação e no monitoramento das convulsões é essencial para pacientes e familiares, especialmente no manejo a longo prazo da condição.
Confira alguns detalhes muito importantes sobre o assunto a seguir!
A importância do EEG no monitoramento de convulsões
O “EEG“ é amplamente utilizado para capturar a atividade elétrica do cérebro em tempo real.
Quando uma convulsão ocorre, os neurônios disparam de forma desorganizada, gerando padrões elétricos específicos que o EEG muitas vezes consegue identificar.
Mesmo quando não há uma crise aparente, o exame pode registrar descargas epilépticas subclínicas, aquelas que acontecem sem manifestações externas.
O monitoramento com EEG é especialmente importante para:
- Diagnosticar o tipo de epilepsia: ajuda a determinar se as crises são focais (originadas em uma área específica) ou generalizadas.
- Localizar o foco epiléptico: identifica a região do cérebro onde as crises se originam.
- Avaliar a resposta ao tratamento: monitora a eficácia dos medicamentos antiepilépticos ou de outras terapias.
- Planejar intervenções cirúrgicas: em casos refratários, o EEG pode guiar procedimentos cirúrgicos para controle das crises.
Com essas informações, o neurologista pode ajustar o tratamento de forma precisa, melhorando o controle das convulsões e, consequentemente, a qualidade de vida do paciente.
Tipos de EEG usados no monitoramento
Existem diferentes modalidades de EEG que podem ser utilizadas no monitoramento de convulsões, dependendo do quadro clínico do paciente:
- EEG de rotina: realizado em um curto período, geralmente em um consultório ou laboratório, útil para detectar alterações básicas.
- EEG prolongado: monitora o paciente por várias horas, aumentando a chance de registrar crises intermitentes.
- EEG ambulatorial: permite o monitoramento contínuo em casa, por até 72 horas, capturando atividades durante o dia e o sono.
- EEG com vídeo-monitoramento: utilizado em ambiente hospitalar, associa o registro do EEG com gravações em vídeo, permitindo correlacionar os sintomas físicos com as alterações elétricas do cérebro.
O EEG com vídeo é particularmente importante em casos complexos, pois possibilita uma análise mais detalhada das crises.
Benefícios do EEG no acompanhamento da epilepsia
O uso contínuo do EEG no monitoramento de convulsões traz uma série de benefícios:
- Diagnóstico mais preciso: identifica o tipo específico de epilepsia, orientando o melhor tratamento.
- Monitoramento de crises não percebidas: detecta descargas silenciosas que podem comprometer a função cerebral ao longo do tempo.
- Ajuste personalizado do tratamento: permite avaliar a eficácia dos medicamentos e realizar ajustes conforme necessário.
- Segurança em intervenções cirúrgicas: guia decisões em casos de epilepsia refratária.
Além disso, o EEG pode ser repetido em diferentes estágios do tratamento, facilitando o acompanhamento evolutivo do paciente.
Em resumo, o eletroencefalograma (EEG) é uma ferramenta indispensável no monitoramento de convulsões em pacientes epilépticos. Sua capacidade de registrar com precisão as atividades cerebrais permite um diagnóstico mais acurado e a criação de estratégias eficazes de tratamento.
O acompanhamento com EEG garante que neurologistas possam oferecer aos pacientes o melhor cuidado possível. Agende uma consulta para conversarmos sobre o seu caso!
Dra. Camila Hobi
Neurologista
CRM 128892 | RQE 34913
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